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Romi ou Haitian: Qual a Melhor Máquina Injetora?

Se você está em busca da resposta definitiva sobre qual a melhor máquina injetora: Romi ou Haitian, este artigo técnico vai te ajudar a entender todos os pontos críticos que devem ser analisados. Comparar duas gigantes da indústria de injeção plástica exige uma análise profunda, pois a escolha correta impacta diretamente em produtividade, qualidade da peça, manutenção e retorno sobre investimento (ROI).

Índice

  1. Histórico das marcas
  2. Tecnologia embarcada
  3. Precisão e repetibilidade
  4. Facilidade de operação e interface
  5. Durabilidade e robustez
  6. Eficiência energética
  7. Suporte técnico e peças de reposição
  8. Custo de aquisição e manutenção
  9. Aplicações industriais e nichos ideais
  10. Análise técnica por tipo de processo
  11. Conclusão: Qual a melhor?

1. Histórico das marcas

Romi (Brasil)

A Romi é uma empresa brasileira fundada em 1930, com sólida reputação em tornos, centros de usinagem e máquinas injetoras. É reconhecida pela robustez de seus equipamentos, excelente engenharia nacional e forte presença em indústrias automotiva, linha branca e bens de consumo. A Romi domina o mercado nacional em diversos segmentos.

Haitian (China)

A Haitian é uma das maiores fabricantes de máquinas injetoras do mundo, com presença global em mais de 130 países. Fundada em 1966, é conhecida pelo volume de produção em larga escala, oferecendo máquinas com alto custo-benefício e tecnologia que vem evoluindo rapidamente nos últimos 10 anos.


2. Tecnologia embarcada

Romi

  • Controles Siemens e softwares de alto desempenho.
  • Sensores de pressão de alta precisão.
  • Compatível com indústria 4.0, monitoramento remoto e integração com MES.
  • Versões híbridas e elétricas disponíveis (Linha EL).

Haitian

  • Sistema de controle KEBA (Áustria).
  • Boa precisão de movimento e facilidade de parametrização.
  • Inovações como o servo motor Mars Technology, que reduz consumo de energia.
  • Modelos como a Haitian Zhafir (linha elétrica) se destacam em precisão.

Veredito técnico: Romi oferece tecnologia com maior integração para ambientes industriais avançados no Brasil. Haitian evoluiu muito, especialmente na linha Zhafir.


3. Precisão e repetibilidade

Romi

  • Alta repetibilidade, ideal para peças técnicas.
  • Menor variação dimensional ao longo da produção.

Haitian

  • Boa precisão nas versões novas, mas ainda pode haver maior dispersão dimensional em modelos de entrada, dependendo da regulagem.

Veredito técnico: Romi leva vantagem em processos que exigem precisão milimétrica, como peças com encaixe, engrenagens ou visor ótico.


4. Facilidade de operação e interface

Romi

  • Interface amigável, 100% em português.
  • Painel intuitivo, com excelente documentação técnica.
  • Treinamentos locais fáceis de encontrar.

Haitian

  • Interface em português nos modelos recentes.
  • Algumas inconsistências no idioma e traduções técnicas.
  • A curva de aprendizado pode ser maior.

Veredito técnico: Para operadores brasileiros, Romi é mais intuitiva e fácil de aprender e dominar.


5. Durabilidade e robustez

Romi

  • Estrutura robusta em ferro fundido.
  • Componentes duráveis e de alto padrão.
  • Vida útil média superior a 15 anos com boa manutenção.

Haitian

  • Estrutura resistente, porém com alguns componentes que podem demandar substituição em menor tempo.
  • Vida útil estimada entre 8 e 12 anos, dependendo da versão.

Veredito técnico: A Romi entrega maior durabilidade, especialmente sob condições industriais severas.


6. Eficiência energética

Romi

  • Modelos com servo motores e tecnologia híbrida que reduzem o consumo de energia.
  • Linha EL (elétrica) é altamente eficiente.

Haitian

  • Servo motor Mars é um dos mais eficientes do mercado na categoria.
  • Economia energética real de até 60% em comparação com máquinas convencionais.

Veredito técnico: Empate técnico, com leve vantagem para a Haitian no custo-benefício energético em modelos de entrada.


7. Suporte técnico e peças de reposição

Romi

  • Suporte nacional com assistência em todas as regiões.
  • Peças disponíveis com rapidez.
  • Equipe técnica qualificada no Brasil.

Haitian

  • Suporte técnico no Brasil melhorou muito nos últimos anos.
  • Algumas peças podem ter demora na importação.

Veredito técnico: Romi tem o melhor suporte técnico nacional, essencial em paradas de produção.


8. Custo de aquisição e manutenção

Romi

  • Preço mais elevado.
  • Peças com valores proporcionalmente maiores.
  • Menor necessidade de manutenção corretiva.

Haitian

  • Custo de aquisição menor.
  • Peças mais acessíveis em alguns casos.
  • Maior demanda por manutenção preventiva em modelos mais antigos.

Veredito técnico: Haitian é ideal para empresas com orçamento limitado, mas Romi compensa no longo prazo.


9. Aplicações industriais e nichos ideais

SetorMelhor escolhaJustificativa
AutomotivoRomiAlta precisão
Linha brancaRomiRobustez e repetibilidade
Utilidades domésticasHaitianVolume e economia
BrinquedosHaitianProdução em larga escala
Peças técnicas (engrenagens, insertos)RomiExatidão dimensional
Embalagens de parede finaHaitian ZhafirAlta velocidade e precisão elétrica

10. Análise técnica por tipo de processo

ProcessoRecomendaçãoComentário técnico
Injeção convencionalRomiMenor oscilação térmica
Injeção por posiçãoRomiInterface intuitiva e precisa
Injeção com rosca desacopladaHaitian ZhafirVelocidade e menor consumo
Produção com robôsAmbasCompatíveis com interfaces I/O
Indústria 4.0RomiSoftware de monitoramento superior

11. Conclusão: Romi ou Haitian?

A resposta depende do seu perfil de produção e objetivo estratégico:

  • Se busca máxima qualidade, durabilidade, facilidade de manutenção e suporte local eficiente, a Romi é a melhor escolha.
  • Se precisa de baixo custo inicial, boa eficiência energética e produção em grande volume com peças menos técnicas, a Haitian se destaca, especialmente nas versões mais novas como a Zhafir elétrica.

Ambas são excelentes em suas propostas, mas a Romi é mais indicada para processos críticos, peças técnicas e operações que não podem parar.

Autor: Plástic 360

Jeckson Luiz é preparador e regulador de máquinas injetoras, estudante de Técnico em Plásticos e redator do blog Plástic 360, onde compartilha conhecimento técnico e prático sobre o universo dos polímeros e o dia a dia da indústria de transformação plástica

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